Ação Penal Pública
1- FGV 2017 ALERJ PROCURADOR
Paulo praticou determinada conduta prevista como crime, prevendo a
legislação então vigente que a ação respectiva ostenta a natureza privada. Três
meses depois do ocorrido, em razão de mudança legislativa, o crime praticado
por Paulo passou a ser de ação penal pública incondicionada. Um ano após os
fatos criminosos, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Paulo em razão
daquele comportamento, tendo em vista que o ofendido não havia proposto queixa
em momento anterior.
De acordo com a situação acima exposta, é correto afirmar que o
juiz deve:
a) receber a denúncia, sendo o Ministério Público parte legítima, eis que a nova lei deve ser imediatamente aplicada;
b) rejeitar a denúncia, eis que o Ministério Público não deflagrou a ação
penal no prazo de seis meses;
c) rejeitar a denúncia, porque especificamente o delito praticado por
Paulo, apesar da alteração legislativa, continua sendo de ação penal privada,
reconhecendo a prescrição;
d) rejeitar a denúncia, porque especificamente o delito praticado
por Paulo, apesar da alteração legislativa, continua sendo de ação penal
privada, reconhecendo a decadência;
e) receber a denúncia, porquanto, com a mudança legislativa, tanto o
ofendido como o Ministério Público poderiam deflagrar a ação penal
respectiva.
Comentário
Letra
'd' correta.
Ação penal é matéria de conteúdo de direito material (CP arts. 100 a 106) e de direito processual (CPP, arts. 24 a 62), possuindo, portanto, natureza mista ou híbrida. O CP, em seu art. 2º, parágrafo único, diz que 'a lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado', ou seja, a lei penal, se benéfica, retroage para favorecer o réu.
Já o CPP, em seu art. 2º, diz que 'a lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior', assim, a lei processual é aplicada desde já, mesmo que seus efeitos sejam mais danosos para o réu, regulando tanto os processos em andamento, quanto processos que virão, ainda que se refiram a fatos anteriores à lei.
Nos processos em andamento, os atos processuais já realizados na vigência da lei anterior continuam válidos, mas os próximos atos serão agora realizados sob os efeitos da lei nova, mesmo que ela seja mais gravosa para o agente.
No caso das leis mistas ou híbridas, deve prevalecer os efeitos do direito material, ou seja, se há uma lei nova que beneficie ela será aplicada retroagindo os seus efeitos. Contudo, se for mais prejudicial não retroagirá, pois, tratando-se de leis mistas, soberano é o sentido do direito material em detrimento do processual, ou seja, os atos processuais já realizados sob a vigência da lei anterior continuam válidos, e os vindouros serão regulados pela nova lei.
Na questão da FGV, a mudança legislativa incidiu sobre a ação penal, que de privada passou a ser pública incondicionada. Ação penal tem caráter misto, como visto acima. Se a lei nova retroagir vai prejudicar o réu, pois enquanto na vigência da ação privada houve a incidência do instituto da decadência, pois o ofendido não havia proposto queixa em momento anterior. Para o agente a ação penal continua sendo privada, e não incondicionada. Se a lei nova fosse aplicada, o MP poderia, em seu prazo processual adequado, propor denúncia contra o agente, mas isso é proibido em termos de direito penal. A nova lei não vai retroagir em prejuízo do agente.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2- CESPE 2016 PC-PE DELEGADO DE POLÍCIA
Em consonância com a doutrina majoritária e com o entendimento dos
tribunais superiores, assinale a opção correta acerca dos sistemas e princípios
do processo penal.
a) O princípio da obrigatoriedade deverá ser observado tanto na ação penal pública quanto na ação penal privada.
b) O princípio da verdade real vigora de forma absoluta no processo penal
brasileiro.
c) Na ação penal pública, o princípio da igualdade das armas é mitigado
pelo princípio da oficialidade.
d) O sistema processual acusatório não restringe a ingerência, de ofício,
do magistrado antes da fase processual da persecução penal.
e) No sistema processual inquisitivo, o processo é público; a confissão é
elemento suficiente para a condenação; e as funções de acusação e julgamento
são atribuídas a pessoas distintas.
Comentário
a) o princípio
da obrigatoriedade é no sentido de que uma vez presentes os requisitos para
propor uma denúncia, deve o MP propor. Não é critério de conveniência e
oportunidade. Situação diversa é a do ofendido quando a ação é privada, pois
mesmo que haja no fato todos os requisitos legais para uma ação penal, não há
de sua parte obrigação de ajuizar a ação. Sendo assim, na ação privada impera o
princípio da oportunidade, enquanto na ação pública rege o da
obrigatoriedade.
b) nada em direito é absoluto, nem mesmo a busca pela verdade real deve ser exercida de forma arbitrária. Por exemplo: provas boas, mas produzidas de forma ilícita, não devem ser acolhidas no processo.
c) correto.
- Princípio da paridade de armas: igualdade processual.
- Princípio da oficialidade: o MP é o órgão oficial do Estado para a propositura da ação penal pública.
O MP, embora atue como parte acusadora, atua também como fiscal da lei (custus legis), sendo assim, não deve proceder com parcialidade. Ainda que exerça papel acusador, tal atribuição é mitigada por sua função de ter que ser imparcial, pois, como órgão oficial de titularidade da ação penal como um todo, deve conduzir-se como aquele que busca a aplicação correta da lei, mesmo que ela venha a trazer um resultado de interesse do réu.
d) o sistema processual
e) no sistema inquisitivo o processo é sigiloso; no acusatório o processo é público. No inquisitivo, as funções de acusar e julgar estão nas mãos de uma só pessoa; no sistema acusatório tais funções pertencem a pessoas distintas.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3- TRF-4ª REGIÃO 2016 JUIZ FEDERAL
Assinale a alternativa correta.
a) De acordo com o Código de Processo Penal, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento das partes, proferir decisão fundamentada determinando que, em caráter excepcional, o interrogatório do réu preso seja feito por sistema de videoconferência ou por outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que tal medida seja necessária para atender a uma das finalidades especificamente previstas no referido diploma legal.
b) Na audiência criminal, as perguntas às testemunhas são feitas diretamente
pela acusação e pela defesa e, por força do princípio acusatório, o juiz não
pode complementar a inquirição.
c) Em nosso sistema processual penal, que segue o sistema acusatório puro, não
pode o juiz determinar de ofício a produção de quaisquer provas.
d) Prevalece no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça o
entendimento de que o princípio da indivisibilidade da ação penal também se
aplica às ações penais públicas.
e) Da decisão do juiz singular que julgar procedente a exceção de suspeição,
cabe recurso em sentido estrito; da sentença que pronunciar o réu, cabe
apelação.
Comentário
a) correto.
Art. 185, § 2º, I, II, III, IV.
b) Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida.
Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá complementar a inquirição.
c) Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
d) STF: 1. O princípio da indivisibilidade não se aplica à ação penal pública. Daí a possibilidade de aditamento da denúncia quando, a partir de novas diligências, sobrevierem provas suficientes para novas acusações (HC 96700 PE. 17/03/2009. Min. EROS GRAU).
STJ: 3 - Não vigora o princípio da indivisibilidade na ação penal
pública. O Parquet é livre para formar sua convicção incluindo na increpação as
pessoas que entenda terem praticados ilícitos penais, ou seja, mediante a constatação
de indícios de autoria e materialidade, não se podendo falar em arquivamento
implícito em relação a quem não foi denunciado (RHC 34233 SP
2012/0230823-5).
e) Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
IV – que pronunciar o réu;
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
4- VUNESP 2016 TJ-RJ JUIZ
A, casada com B, durante uma discussão de casal, levou um soco,
sendo ameaçada de morte. Diante dos gritos e ameaças, os vizinhos acionaram a
Polícia que, ao chegar ao local, conduziu todos à Delegacia. A, inicialmente,
prestou depoimento na Delegacia e manifestou o desejo de que o marido fosse processado
criminalmente pelos crimes de lesão corporal leve e ameaça. Entretanto,
encerradas as investigações policiais e remetidos os autos ao Fórum, em sede de
audiência preliminar, A informou o Juízo que havia se reconciliado com B, não
desejando que o marido fosse processado por ambos os crimes. Diante da nova
manifestação de vontade de A, é correto afirmar que o procedimento
a) deverá ser arquivado, vez que a ação penal, seja para o crime de ameaça, seja para o de lesão corporal de natureza leve, é condicionada à representação da vítima, e a retratação de A obsta o prosseguimento do feito.
b) terá seguimento quanto ao crime de lesão corporal, visto que a ação penal é
pública incondicionada, por ter se dado em âmbito doméstico. Já quanto ao crime
de ameaça, a retratação de A obsta o prosseguimento, visto que a ação penal
continua condicionada à representação, ainda que praticada em âmbito doméstico.
c) terá seguimento, tanto para o crime de ameaça quanto para o crime de lesão
corporal, pois em se tratando de crimes ocorridos no âmbito doméstico, a ação
penal é pública incondicionada, pouco importando a retratação de A.
d) terá seguimento, tanto para o crime de ameaça quanto para o crime de lesão
corporal. Todavia, é possível ao órgão de acusação, desde logo, ofertar a
transação penal.
e) será arquivado quanto ao crime de ameaça, já que a ação é condicionada à
representação da vítima. Quanto ao crime de lesão corporal, ocorrida em âmbito
doméstico, o procedimento terá seguimento, por tratar-se de ação penal pública
incondicionada. Todavia, é possível ao órgão de acusação, desde logo, ofertar a
transação penal.
Comentário
Letra
'b' correta
A ação penal da lesão corporal em decorrência de violência doméstica é pública incondicionada (súmula 542 STJ). Sendo assim, não cabe retratação. O procedimento segue quanto ao crime de lesão corporal.
No crime de ameaça, a ação somente se procede mediante representação, ou seja, delito de ação penal pública condicionada. Cabe, assim, retratação. Como o procedimento estava em sede de audiência preliminar, ou seja, a denúncia ainda não tinha sido oferecida, admite-se a retratação, e o prosseguimento em relação ao crime de ameaça é interrompido.
O MP não poderá ofertar a transação penal, falando-se do crime que terá prosseguimento - a lesão corporal -, porque a transação penal não se aplica na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha (art. 41 CPP e Súmula 536 do STJ).
Súmula 542 STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão
corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública
incondicionada.
Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.
Súmula 536 STJ: A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.
Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.
Súmula 536 STJ: A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
5- CAIP-IMES 2015 PREF. DE RIO GRANDE DA SERRA-SP PROCURADOR
No que concerne à titularidade e aos princípios da ação penal,
assinale a alternativa incorreta.
a) Quando Código de Processo Penal estatui que a ação penal deverá ser promovida por denúncia do Ministério Público, se depreende implícito o princípio da indisponibilidade, por não ser do arbítrio deste mover ou não a ação penal: é função institucional deste Órgão.
b) É o Ministério Público “dono (dominus litis) da ação penal pública”,
sendo quem exerce a pretensão punitiva, promovendo a ação penal pública desde a
peça inicial, que é a denúncia, até o final.
c) Como é um órgão do Estado, uno e indivisível, representado por
Promotores e Procuradores de Justiça, os membros do Ministério Público podem
ser substituídos a qualquer tempo no decorrer do processo, permanecendo
inalterada a titularidade da ação, pois que ela é do Órgão Ministerial, do qual
os citados Promotores e Procuradores de Justiça são os representantes.
d) Prevê o Código Processual Penal, a hipótese de qualquer pessoa do povo
provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação
penal pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a
autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.
Comentário
a) incorreta.
Trata-se do princípio da obrigatoriedade, e não da indisponibilidade.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
6- FGV 2015 TJ-BA TÉCNICO JUDICIÁRIO
Na ação penal pública, o Ministério Público:
a) não está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por
delituoso, diante da incidência do princípio da autonomia;
b) está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso,
diante da incidência da união;
c) não está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por
delituoso, diante da incidência do princípio da indivisibilidade;
d) está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso,
diante da não incidência do princípio da autonomia;
e) não está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por
delituoso, diante da não incidência do princípio da indivisibilidade.
Comentário
O
entendimento no STF e na doutrina que predomina sobre a ação pública é que nela
incide o princípio da divisibilidade. Letra 'e' correta.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
7- VUNESP 2015 PC-CE DELEGADO DE POLÍCIA
No caso de morte do ofendido
a) o direito de oferecer queixa passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão; nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que
comprovar a sua pobreza, instaurará de ofício a ação penal.
b) o direito de oferecer queixa se extinguirá; nos crimes de ação privada, o
juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, instaurará de ofício
a ação penal.
c) o direito de oferecer queixa passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão; nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que
comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para promover a ação penal.
d) no curso da ação privada, declarar-se-á a extinção da punibilidade do
ofensor; nos crimes de ação pública condicionada, o juiz, a requerimento da
parte que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para promover a ação penal.
e) no curso da ação pública condicionada, declarar-se-á a extinção da
punibilidade do ofensor; nos crimes de ação pública condicionada, o juiz, a
requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para
promover a ação penal.
Comentário
Art.
31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Art.
32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que
comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para promover a ação penal.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
8- FGV 2014 TJ-RJ TÉCNICO JUDICIÁRIO
A doutrina costuma classificar as ações penais como públicas
incondicionadas, públicas condicionadas à representação do ofendido ou
requisição do Ministro da Justiça, privadas e privada subsidiária da pública.
Algumas são as diferenças entre essas espécies de ação, dentre as quais se
destacam:
a) a ação penal pública incondicionada e a ação penal pública condicionada à
representação são de titularidade do Ministério Público, diferente do que
ocorre com a privada;
b) a ação penal pública condicionada à representação admite a figura do perdão
do ofendido após o oferecimento da denúncia, diferente da pública
incondicionada;
c) a perempção poderá ocorrer na ação penal privada e na pública condicionada à
representação, mas não na pública incondicionada;
d) o princípio da indivisibilidade é aplicável às ações penais públicas, mas
não às ações penais privadas;
e) o prazo para exercício do direito de representação é de 06 meses contados da
data dos fatos, enquanto a queixa poderá ser proposta a qualquer tempo, desde
que dentro do prazo prescricional.
Comentário
a) correto.
b) - ação penal privada: admite renúncia e perdão.
b) - ação penal privada: admite renúncia e perdão.
- ação penal condicionada a
representação: admite retratação.
c) a perempção
apenas é cabível na ação penal privada.
d) o principio
da indivisibilidade é aplicável nas ações privadas.
e) prazo decadencial, e não prescricional. Contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime (art. 38).
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
e) prazo decadencial, e não prescricional. Contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime (art. 38).
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
9- FCC 2014 DPE-RS DEFENSOR PÚBLICO
Sobre a ação penal, é correto afirmar:
a) Nos crimes de ação penal privada, o juiz, a requerimento da parte que
comprovar a sua pobreza ou do Ministério Público, nomeará Defensor Público para
promover a ação penal.
b) Na ação penal pública condicionada à representação do ofendido, a retratação
poderá ser realizada impreterivelmente até o recebimento da denúncia.
c) No caso de ação penal privada subsidiária da pública, o prazo decadencial
para o ofendido exercer o seu direito de queixa será contado do dia em que se
esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
d) Nos crimes de ação penal pública incondicionada, o prazo para o Ministério
Público oferecer denúncia é de 10 (dez) dias, se o réu estiver preso, e de 30
(trinta) dias, se estiver solto.
e) Na ação penal privada, havendo mais de um autor do crime, caberá ao ofendido
a escolha de exercer o direito de queixa contra aquele que melhor lhe aprouver.
Comentário
a) Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a
requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para
promover a ação penal.
b) Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
c) correto. Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
d) Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. (...)
e) Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
c) correto. Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
d) Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. (...)
e) Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
10- CESPE 2014 TJ-BA TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E REGISTRO
Com relação à aplicação da lei processual penal no tempo, ao
inquérito policial e à ação penal, assinale a opção correta:
a) No CPP vigente, não é prevista competência para a autoridade policial
representar pela prisão preventiva do indiciado ou suspeito.
b) Independentemente de sua natureza, o crime praticado em detrimento do
patrimônio ou interesse da União, de estado ou de município deve ser processado
mediante ação penal pública, condicionada à representação do chefe da
procuradoria judicial da referida pessoa jurídica de direito público.
c) É inadmissível a ação penal privada em crimes de ação pública, ainda que
decorrente da inércia do órgão ministerial competente para iniciá-la, nos
termos expressos do CPP.
d) Aplica-se a lei processual penal desde logo, sem prejuízo da validade dos
atos realizados sob a égide de lei anterior.
e) Caso o delito em apuração seja afiançável, a autoridade policial terá
competência para arquivar os autos de inquérito.
Comentário
a) Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade
policial: IV - representar acerca da prisão preventiva.
b) Art.
24, § 2º Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do
patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será
pública.
c) Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação
pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério
Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir
em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso
e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como
parte principal.
d) correto. Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á
desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei
anterior.
e) Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar
arquivar autos de inquérito.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
GABARITO
1d
2c 3a 4b 5a 6e 7c 8a 9c 10d
Referências
QCONCURSOS. Questões
de Concurso. Disponível em: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/disciplinas/direito-direito-processual-penal/acao-penal/acao-penal-de-iniciativa-publica-definicao-principios-e-especies>
Acesso em: 26/04/2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário