Das Provas: Ônus da Prova
1- CETREDE 2016 PREF. DE ITAPIPOCA-CE PROCURADOR
Analise as afirmativas a seguir, considerando o que prescreve lei
processual penal.
I. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém,
facultado ao juiz de ofício ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a
produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a
necessidade, adequação e proporcionalidade da medida.
II. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos
de infração, cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4
(quatro) anos.
III. A incompetência do juízo anula todos os atos, devendo o
processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
IV. Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em
sentido estrito, ainda que somente, de parte da decisão, se recorra.
Marque a opção que indica as afirmativas CORRETAS.
a) I – II – III.
b) I – IV.
c) II – III – IV.
d) III – IV.
e) I – II – IV.
Comentário
I- correto. Art.
156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém,
facultado ao juiz de ofício: I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação
penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes,
observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;
II- correto. Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.
III- errado. Art. 567. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
IV- correto. Art. 593, § 4º Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra.
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2- VUNESP 2015 PC-CE DELEGADO
Determina o art. 156 do CPP que a prova da alegação incumbirá a
quem a fizer. Tal norma
a) é relativizada, pois o juiz pode ordenar, mesmo antes de iniciada a ação
penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes.
b) é corolário do Estado Democrático de Direito, pois apenas ao acusado,
tecnicamente assistido por advogado, é franqueado o direito de provar o que
entende relevante para o sucesso de seus argumentos.
c) consagra o princípio da imparcialidade da jurisdição, pois ao Estado-Juiz é
defeso realizar diligências de ofício no curso do processo.
d) consagra o princípio do in dubio pro reo, pois o juiz não pode determinar de
ofício a produção de prova que aproveite a tese da parte autora.
e) consagra o princípio da inércia judicial, pois o julgador não poderá
determinar a produção de provas no curso da ação penal.
Comentário
Letra
'a' correta.
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;
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3- MPDFT 2013 PROMOTOR DE JUSTIÇA
Assinale a alternativa INCORRETA:
a) O ônus da prova, na ação penal condenatória, recai sobre a acusação.
b) O Código de Processo Penal faz distinção entre provas e elementos
informativos.
c) A prova oral pode, em dadas situações, prevalecer sobre a prova pericial, na
avaliação judicial dos fatos que são o objeto da imputação.
d) O Código de Processo Penal considera a “fonte independente” como exceção à
proibição de utilização das provas ilícitas por derivação.
e) Nos termos do Código de Processo Penal, o juiz não pode determinar, de
ofício, a produção antecipada de provas urgentes e relevantes, no curso do
inquérito policial.
Comentário
e) incorreta. Art.
156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém,
facultado ao juiz de ofício:
I
– ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de
provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação
e proporcionalidade da medida;
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4- CESPE 2011 STM ANALISTA JUDICIÁRIO
Os efeitos causados pelo princípio constitucional da presunção de
inocência no ordenamento jurídico nacional incluem a inversão, no processo
penal, do ônus da prova para o acusador.
Certo
Errado
Comentário
Certo.
A regra é que a prova da alegação incumbirá a quem a fizer (art. 156). Não cabe
ao réu provar a sua inocência, pois esta é presumida, então inverte-se o ônus
da prova para o acusador, que deve provar que o réu é culpado.
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5- FCC 2010 DPE-SP DEFENSOR PÚBLICO
Assinale a alternativa correta.
a) Desistindo o Ministério Público das testemunhas arroladas porque estas não
foram localizadas na fase judicial, o magistrado poderá condenar o acusado com
base nos depoimentos de inquérito porque a prova colhida na investigação se
tornou irrepetível.
b) O juiz que recebeu a denúncia com base em prova posteriormente declarada
ilícita não pode ser o mesmo a prolatar a sentença, sob pena de nulidade.
c) A reforma parcial do código de processo penal permitiu que a prova ilícita
por derivação seja considerada válida para a condenação quando obtida através
de fonte independente ou quando, por raciocínio hipotético, sua descoberta teria
sido inevitável.
d) No processo penal, é inadmissível uma condenação quando a prova da autoria é
feita exclusivamente por indícios.
e) Considerando a repartição do ônus da prova, para que se alcance uma
absolvição, à defesa incumbe a prova da alegação de ter agido o réu em situação
que exclua a ilicitude da conduta.
Comentário
a) Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação
da prova produzida em contraditório judicial, não
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis
e antecipadas.
b) Art. 157, § 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
c) correto.
b) Art. 157, § 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
c) correto.
d) indícios
são meios de prova que ensejam condenação.
Art. 239. Considera-se
indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato,
autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras
circunstâncias.
e) a defesa não tem que provar a situação que exclua a ilicitude da conduta, basta apenas suscitar dúvidas para que a sentença lhe seja favorável.
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência.
e) a defesa não tem que provar a situação que exclua a ilicitude da conduta, basta apenas suscitar dúvidas para que a sentença lhe seja favorável.
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência.
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6- CESPE 2010 TRE-MT ANALISTA JUDICIÁRIO
Acerca de prisões e provas, assinale a opção correta.
a) A prisão temporária pode ser decretada de ofício pelo juiz, pelo prazo
improrrogável de cinco dias, presentes as condições legais.
b) A apresentação espontânea do acusado à autoridade não impede a decretação da
prisão preventiva nos casos em que a lei a autoriza.
c) Não se admite a decretação da prisão preventiva nos crimes dolosos punidos
com detenção.
d) O juiz não pode fundamentar a sentença condenatória em elementos
informativos colhidos no inquérito policial, ainda que se trate de provas
cautelares, não repetíveis ou antecipadas.
e) A prova da alegação incumbe a quem a fizer, não sendo admitido que o juiz
determine provas de ofício, pois tal atitude ofende o sistema acusatório puro,
adotado pelo CPP.
Comentário
a) prisão
temporária não pode ser decretada pelo juiz de ofício, apenas através de
requerimento da autoridade policial ou MP.
Lei 7.960/89
Art.
2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da
autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de
5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
b) correto.
Contudo, esta previsão foi revogada pela lei 12.403/11. Atualmente, quem se
apresenta de forma espontânea não pode ser preso flagrante, em regra, por
ausência de previsão legal. Mas nada impede também que a autoridade faça o
requerimento de sua prisão preventiva.
c) o art. 313,
I, traz que será admitida a decretação da prisão preventiva nos crimes dolosos
punidos com pena privativa de liberdade superior a 4 anos, ou seja, nada
dispõe acerca de ser pena de detenção ou reclusão. Assim sendo, admite-se a
decretação da prisão preventiva nos crimes dolosos punidos com detenção.
Art.
313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da
prisão preventiva:
I
- nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a
4 (quatro) anos
d) Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre
apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo
fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
e) Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
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7- EJEF 2009 TJ-MG JUIZ
Marque a opção CORRETA.
a) O Código de Processo Penal permite ao Juiz determinar diligências apenas
antes do encerramento da instrução.
b) O Código de Processo Penal permite ao Juiz determinar diligências, de
ofício, no curso do processo ou antes de proferir sentença, desde que seja para
dirimir dúvida sobre ponto relevante ao julgamento da causa.
c) O Código de Processo Penal não permite ao Juiz, de ofício, determinar
diligências.
d) Nenhuma das hipóteses é verdadeira.
Comentário
Letra
'b' correta.
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
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GABARITO
1e
2a 3e 4certo 5c 6b 7b
Referências
QCONCURSOS. Questões
de Concurso. Disponível em:
<https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/disciplinas/direito-direito-processual-penal/das-provas/onus-da-prova>
Acesso em: 18/06/2017.
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